domingo, 31 de julho de 2011

Agosto, mês vocacional.

Conforme o costume da Igreja no Brasil, o mês de Agosto é dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Por isso, lembra-se:

1. Semana: Vocação para o o ministério ordenados: diáconos, padres e bispos;
2. Semana: Vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
3. Semana: Vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e consagrados(as) seculares;
4. Semana: Vocação para os ministérios e serviços na comunidade.

Portanto, rezemos para que este mês de agosto possa trazer muitos frutos à Igreja, à sociedade e á família.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Domingo Comum 31/07/2011

Comum 1118: O Pão Partilhado

Ao redor de uma mesa, acontecem fatos importantes
na vida das pessoas, das famílias e dos povos...
É momento de encontro, de fraternidade, de comunhão...
Comunica-se a alegria de um nascimento ou de um casamento; fortalece-se a amizade, estabelecem-se
contatos de trabalho e celebram-se ritos oficiais.

A Liturgia nos convida a sentar à mesa, que o próprio Deus preparou,
e onde nos oferece gratuitamente o alimento, que sacia a nossa fome
de vida, de felicidade, de eternidade.

Na 1ª leitura, Deus convida a uma MESA farta e gratuita
o povo faminto e sofredor, que estava no exílio.
"Venham matar a sede e comprar sem ter dinheiro
comer sem pagar, beber vinho e leite à vontade". (Is 55,1-3)

Era o apelo do profeta para que o Povo se animasse a voltar
à terra de origem, para recomeçar uma vida nova.
Seria o banquete da vida em liberdade, da terra repartida,
da moradia garantida, da saúde, da paz e bem estar.

A 2ª Leitura é um Hino ao amor de Deus,
que enviou ao mundo o seu próprio Filho,
para nos convidar ao BANQUETE da vida eterna. (Rm 8,35.37-39)

No Evangelho, Cristo realiza a profecia da primeira leitura,
alimentando o povo com a Multiplicação dos Pães. (Mt 14,13-21)

Seguido por uma imensa multidão, Jesus, como um novo Moisés,
vai ao deserto (novo Êxodo), onde repete o milagre do Maná.
Doa o seu pão ao Povo e convida os discípulos a distribuí-lo...

O DESERTO, para Israel, era o lugar do encontro com Deus.
Ali, Israel aprendeu a despir-se das suas seguranças humanas
e descobrir em cada passo a maravilhosa proteção do Senhor.
O deserto é o lugar e o tempo da partilha,
em que todos contam com a solidariedade da Comunidade.

+ PASSOS de Jesus para resolver o problema da fome:,

1. VÊ a "fome" e busca na comunidade a solução do problema.
Quando os discípulos buscam a solução mais fácil, despedindo o povo,
Jesus lhes ordena: "Dai-lhes vós mesmos de comer".
Quantos "famintos" de pão, de alegria, de apoio, de esperança!...
                                                                                                                                                  
2. Ensina COMO dar resposta a este desafio: PARTILHANDO.
Recolhe os "cinco pães e dois peixes", recita a bênção e manda partilhar...
Todos comeram, ficaram saciados e ... até sobrou.

3. Dá a RAZÃO para a partilha: Deus é o DONO de tudo.
"Tomou os 5 pães e os 2 peixes, ergueu os olhos ao céu e recitou a Bênção".
A "BÊNÇÃO" é uma fórmula de ação de graças,
pela qual se agradece a Deus pelos dons recebidos.
Isso significa reconhecer que o dom veio de Deus e
que pertence a todos os filhos de Deus. Não somos donos...

AS LEITURAS NOS LEMBRAM TRÊS VERDADES:

+ Deus convida todos para o "Banquete" do Reino
Os que vivem à margem da vida e da história,
os que têm fome de amor e de justiça,
os que vivem atolados no desespero,
os que o mundo condena e marginaliza,
os que não têm pão na mesa, nem paz no coração,
também são convidados para a Mesa do Reino.

+ Jesus nos compromete com a "fome" do mundo.
- A fome é companheira  cruel de milhões de filhos de Deus...
   Quase dois terços da humanidade passa fome...
- Os APÓSTOLOS encontram a solução mais fácil:
  "Despede as multidões": "Mande-os para casa".
- JESUS não fica na mera "compaixão": cura os doentes,
  ilumina o povo com a sua palavra, partilha com eles o pão,
  entrega-se pessoalmente a eles como o Pão da Vida...
  * Quando os Apóstolos falam em "comprar", Jesus manda "dar":
     "Dai-lhe vós mesmos de comer..."
- NÓS também somos responsáveis pela fome no mundo...
  Nenhum cristão pode ficar alheio a essa triste realidade!...
  E o problema da fome no mundo também não se resolve apenas
  com programas de assistência social, mas com a partilha, com o amor.

O milagre da partilha pode acontecer na medida em que todos oferecem
na medida do pouco que tem. Não se trata de quantidade,
mas da generosidade que permite a realização do milagre.
E o milagre da partilha não se fecha nas coisas materiais.
Muitos necessitam um pouco do nosso tempo, de um olhar,                                               de um abraço, de uma visita...

+ Jesus nos convida a sentar à MESA e receber o Pão que ele oferece.

A narração tem um contexto eucarístico (ver palavras da consagração...)
Sentar-se à mesa com Jesus é comprometer-se com a dinâmica do Reino
e é assumir a lógica da partilha, do amor, do serviço.
Celebrar a Eucaristia obriga-nos a lutar contra as desigualdades,
os sistemas de exploração, os esbanjamentos… (recolheu as sobras...)
Quando celebramos a Eucaristia, tornamos Jesus presente no mundo,
fazendo com que o seu Reino se torne uma realidade viva na história.


                                Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 31.07.2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fotos

Você acredita em Deus? O problema do mal.

“Você acredita em Deus?” Com essa pergunta, a jornalista terminava uma longa entrevista com um conhecido esportista nacional. A resposta que ele lhe deu chamou minha atenção, porque expressa o que muita gente pensa a respeito do problema do mal. O drama e a angústia do esportista são a angústia e o drama de inúmeras pessoas, em situações, épocas e lugares diferentes: “É difícil dizer que acredito em Deus. Quanto mais desgraças vejo na vida, menos acredito em Deus. É uma confusão na minha cabeça; não encontro explicação para o que acontece. Por que é que meu filho nasce em berço de ouro, enquanto outro, infeliz, nasce para sofrer, morrer de doença, e há tudo isso de triste que a gente vê na vida? É uma coisa que não entendo e, como não tenho explicação, é difícil de acreditar em um Ser superior.”
O mal, o sofrimento e a doença fazem parte de nosso cotidiano. As injustiças, a fome e a dor são tão frequentes em nosso mundo que parecem ser normais e obrigatórias. Fôssemos colocar em uma biblioteca todos os livros já escritos para tentar explicar o porquê dessa realidade, ficaríamos surpresos com sua quantidade.
Para o cristão, mais do que um culpado, o mal tem uma causa: a liberdade. Fomos criados livres, com a possibilidade de escolher nossos caminhos. Podemos, pois, fazer tanto o bem quanto o mal. Se não tivéssemos inteligência e vontade, não existiria o mal no mundo; se fossemos meros robôs, também não. Por outro lado, sem liberdade não haveria o bem e nem saberíamos o que é um gesto de amor. Também não conheceríamos o sentido de palavras como gratidão, amizade, solidariedade e lealdade.
O mal nasce do abuso da liberdade ou da falta de amor. Nem sempre ele é feito consciente ou voluntariamente. Quanto sofrimento acontece por imprudência! Poderíamos recordar os motoristas que abusam da velocidade ou que dirigem embriagados, e acabam mutilando e matando pessoas inocentes. Não é da vontade de Deus que isso aconteça. Mas Ele não vai corrigir cada um de nossos erros e descuidos. Não impedirá, por exemplo, que o gás que ficou ligado na casa fechada asfixie o idoso que ali dorme. Repito: Deus não intervém a todo momento para modificar as leis da natureza ou para corrigir os erros humanos.
O que mais nos angustia, talvez pela gravidade das consequências, é o mal causado pela violência, pelo ódio e egoísmo. Os assassinatos e roubos, os sequestros e acidentes, as guerras e destruições são como que pegadas da passagem do homem pelo mundo. O mal acontece porque usamos de forma errada nossa liberdade ou não aceitamos o plano de Deus, expresso nos mandamentos. Quando nos deixamos levar pelo egoísmo e seguimos nossas próprias ideias, construímos o nosso mundo, não o mundo desejado por Deus para nós.
Outro imenso campo de sofrimento é o das injustiças. Quantos se aproveitam de sua posição e de seu poder para se enriquecer sempre mais, à custa da miséria dos fracos e do sofrimento dos indefesos! Terrível poder o nosso: podemos fechar-nos em nosso próprio mundo e contemplar, indiferentes, a desgraça dos outros.
Não se pode, também, esquecer o mal causado pela natureza, quando suas leis não são respeitadas. Com muita propriedade, o povo diz: “Deus perdoa sempre; o homem, nem sempre; a natureza, nunca!” A devastação das florestas e a contaminação das águas fluviais trazem consequências inevitáveis, permanentes e dolorosas para a vida da humanidade. Culpa de Deus?...
Diante do mal, não podemos ter uma atitude de mera resignação. Cristo nos ensina a lutar, combatendo o mal em suas causas. O bom uso da liberdade e a prática do bem nos ajudarão a construir o mundo que o Pai sonhou para nós. Descobriremos, então, que somos muito mais responsáveis por nossos atos do que imaginamos. Fugir dessa responsabilidade, procurando fora de nós a culpa de nossos erros é uma atitude cômoda, ineficiente e incoerente. Assumirmos a própria história, colocando nossas capacidades a serviço dos outros, é uma tarefa exigente, sim, mas que nos dignifica e nos realiza como seres humanos e filhos de Deus.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj, é arcebispo de São Salvador da Bahia

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Convite

Crianças e jovens dos 06 a 14 anos que tiverem interesse de ser coroinhas na Paróquia no Santíssimo Sacramento, estãos abertas as inscriçoes. Aos sábados e domingo à noite: procurar Antonio (seminarista) ou Amanda. Desde nos abemçoe!!!

Domingo 24 de Julho de 2011


Comum 1117: O Tesouro

A Liturgia deste domingo nos convida a refletir nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência.

 As leituras nos ajudam a escolher esses valores...

Na 1ª Leitura, o rei Salomão escolhe o seu tesouro:
a SABEDORIA. (1Rs 3,5.7-12)

- No início de seu reinado, o jovem rei vai a Gabaon,
  onde se achava o Tabernáculo sagrado, construído por Moisés,
  a fim de oferecer sacrifícios ao Senhor.
- Em sonho, o Senhor manifesta o seu agrado por este gesto e
  convida-o a pedir o que quisesse.
- O rei não se deixou seduzir e alienar por valores efêmeros
  (poder, riquezas, prestígio político).
  Pelo contrário, escolhe o mais importante:
  um coração "sábio" para governar seu povo com justiça e retidão.
- A ESCOLHA agradou plenamente a Deus:
E Deus lhe concedeu uma sabedoria inigualável e acrescentou ainda
outros três valores não solicitados: riqueza, glória e vida longa.      
Salomão soube escolher o melhor: SABEDORIA

* O texto queria também apresentar Salomão como o escolhido do Senhor
   e justificar a sua proverbial sabedoria.

A 2ª Leitura apresenta etapas do caminho que conduz à Salvação.
Precisamos da Sabedoria de Deus, para discernir o desígnio de Deus, que
nos "predestinou" para sermos conformes à imagem do seu Filho. (Rm 8,28-30)

No Evangelho, Jesus apresenta o seu tesouro: o REINO DE DEUS.
É a conclusão do 3º Discurso de Jesus, com as últimas três "Parábolas":
o Tesouro, a Pérola e a Rede. (Mt 13,44-52)

+ O Reino de Deus é um TESOURO escondido...
                                   uma PÉROLA que se procura...

A DESCOBERTA desse tesouro e dessa pérola provoca,
em quem os encontrou, duas atitudes: Renúncia e Alegria.

1. RENÚNCIA a tudo para adquiri-los...
    O Reino proposto por Jesus é um "tesouro" precioso
    pelo qual se renuncia a tudo e pelo qual os seguidores de Cristo
    devem estar dispostos a pagar qualquer preço.

* Desde que descobrimos Cristo, o que mudou em nossa vida?
   O que nós já renunciamos por esse tesouro?
   Onde gastamos mais tempo em nossa vida diária?
   A serviço da comunidade, em leituras sérias, na Oração,
   ou no futebol, na TV, no dinheiro, no bate-papo com os amigos?
2. ALEGRIA muito grande pelo bem encontrado...
Todo comerciante que realizou um bom negócio sente-se feliz...
mesmo tendo de se desfazer de muitos bens...
O Reino de Deus é um tesouro pelo qual compensa
a renúncia de todos os bens deste mundo.

* Demonstramos alegria e felicidade por termos achado o nosso tesouro?
   Se temos consciência desse tesouro,                    
   como podemos permanecer acabrunhados, tristes e desanimados?

+ Mas ficam ainda umas perguntas inquietantes:

Se o Reino de Deus é tão precioso,
  - Por que há tantos homens que o ignoram ou até o desprezam?
  - Por que vemos tantos males entre os bons?
  - Será que, no final, todos teremos a mesma sorte?
 
+ Na 3a Parábola, Jesus nos dá a resposta:
   O Reino de Deus é uma REDE:

A Igreja é comparada a uma rede de arrastão, lançada ao lago,
que apanha peixes de todos os tipos e qualidades...
O Pescador, depois de ter puxado lentamente a rede à terra,
recolhe os peixes, separando os bons e os maus, os aproveitáveis e os inúteis.
Recolhe os bons e joga fora os maus...
Deus não tem pressa em condenar e destruir... sabe esperar...

- Qual a nossa situação: dentro da Igreja, diante do divino Pescador?
Somos um membro vivo, atuante, útil à vida da Igreja,
ou um peixe inútil, desprezado pelo próprio Deus?
Tudo depende de nossa escolha, devemos SABER ESCOLHER...

+ E Jesus conclui o Discurso com um breve diálogo com os discípulos,
no qual afirma que o verdadeiro discípulo é aquele
que descobre o Tesouro do Reino e se compromete com ele.

Só a Sabedoria divina poderá nos iluminar para compreendê-lo e
e assim anunciar a todos com alegria a nossa descoberta.

Como Salomão, peçamos a Deus
- muita SABEDORIA... para saber escolher sempre o verdadeiro Tesouro e
- muito ENTUSIASMO... para nos pôr com alegria na sua conquista...

CANTO: Por causa de um certo Reino...

                                           Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 24.07.2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Palavra de Deus na Vida - CNBB


Leituras Relacionadas ao dia 19/07/2011 - CNBB
Verde. 3ª-feira da 16ª Semana Tempo Comum

1ª Leitura - Ex 14,21-15,1
Os filhos de Israel entraram
pelo meio do mar a pé enxuto.
Leitura do Livro do Êxodo 14,21-15,1
Naqueles dias:
21Moisés estendeu a mão sobre o mar,
e durante toda a noite
o Senhor fez soprar sobre o mar
um vento leste muito forte;
e as águas se dividiram.
22Então, os filhos de Israel entraram
pelo meio do mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam como que uma muralha
à direita e à esquerda.
23Os egípcios puseram-se a perseguí-los,
e todos os cavalos do Faraó,
carros e cavaleiros os seguiram mar adentro.
24Ora, de madrugada,
o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem,
sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico.
25Bloqueou as rodas dos seus carros,
de modo que só a muito custo podiam avançar.
Disseram, então, os egípcios:
"Fujamos de Israel!
Pois o Senhor combate a favor deles,
contra nós".
26O Senhor disse a Moisés:
"Estende a mão sobre o mar,
para que as águas se voltem contra os egípcios,
seus carros e cavaleiros".
27Moisés estendeu a mão sobre o mar
e, ao romper da manhã,
o mar voltou ao seu leito normal,
enquanto os egípcios, em fuga,
corriam ao encontro das águas,
e o Senhor os mergulhou no meio das ondas.
28As águas voltaram e cobriram carros,
cavaleiros e todo o exército do Faraó,
que tinha entrado no mar
em perseguição de Israel.
Não escapou um só.
29Os filhos de Israel, ao contrário,
tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar,
cujas águas lhes formavam uma muralha
à direita e à esquerda.
30Naquele dia,
o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios,
e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar,
31e a mão poderosa do Senhor agir contra eles.
O povo temeu o Senhor,
e teve fé no Senhor
e em Moisés, seu servo.
15,1Então, Moisés e os filhos de Israel
cantaram ao Senhor este cântico.
Palavra do Senhor.


Salmo - Ex 15,8-9. 10.12. 17
R. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória!

8Ao soprar a vossa ira amontoaram-se as águas, +
levantaram-se as ondas e formaram uma muralha, *
e imóveis se fizeram, em meio ao mar, as grandes vagas.R.

9O inimigo tinha dito: "Hei de segui-los e alcançá-los! +
Repartirei os seus despojos e minh"alma saciarei; *
arrancarei da minha espada e minha mão os matará!"R.

10Mas soprou o vosso vento, e o mar os recobriu; *
afundaram como chumbo entre as águas agitadas.
12Estendestes vossa mão, e a terra os devorou; +R.

17Vós, Senhor, o levareis e o plantareis em vosso Monte, *
no lugar que preparastes para a vossa habitação,
no Santuário construído pelas vossas próprias mãos.R.



Evangelho - Mt 12,46-50
E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse:
"Eis minha mãe e meus irmãos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 12,46-50
Naquele tempo:
46Enquanto Jesus estava falando às multidões,
sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora,
procurando falar com ele.
47Alguém disse a Jesus:
"Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora,
e querem falar contigo."
48Jesus perguntou àquele que tinha falado:
"Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?"
49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse:
"Eis minha mãe e meus irmãos.
50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai,
que está nos céus,
esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."
Palavra da Salvação.


Reflexão - Mt 12, 46-50
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.


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segunda-feira, 18 de julho de 2011

a pior discriminação sexual: eliminação de meninas

Esta mensagem foi enviada por joao carlos (joaovicencia@hotmail.com)
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ZENIT, O mundo visto de Roma
Agência de Notícias
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A pior discriminação sexual: eliminação de meninas

Novo livro detalha a prática do aborto seletivo

Por padre John Flynn, L. C.


ROMA, domingo, 17 de julho de 2011 (ZENIT.org) – A discriminação sexual não se limita ao mundo ocupacional. Em muitos países, meninas ainda nem nascidas têm um destino já traçado: a eliminação.


A jornalista Mara Hvistendahl analisa os motivos e o alcance dessa prática em Unnatural Selection: Choosing Boys Over Girls, And the Consequences of a World Full of Men [Seleção não natural: a preferência por meninos e as consequências de um mundo cheio de homens].


Nascem no mundo 105 meninos para cada 100 meninas. Os homens têm mais probabilidades de morrer jovens, o que faz com que esse ligeiro desajuste nos nascimentos acabe chegando a um equilíbrio populacional entre os adultos. Os dados citados no livro revelam a dramática situação da China e da Índia, onde o nível atual de nascimentos masculinos atinge 121 e 112, respectivamente, para cada 100 meninas.


Em 2005, o demógrafo francês Christophe Guilmoto calculava que, se a proporção de nascimentos tivesse permanecido em seu nível natural, o continente asiático teria chegado a 163 milhões de mulheres a mais. Esta cifra é superior a toda a população feminina dos Estados Unidos, observa Hvistendahl.


Não é só um problema da Ásia. Segundo o livro, a mesma tendência está presente no Cáucaso – Azerbaijão, Geórgia e Armênia – e nos Bálcãs.


A redução do número de mulheres está ocorrendo justo quando o crescimento da população vem se reduzindo drasticamente. A geração atual é a mais numerosa de todas as que muitos países em desenvolvimento vão ter nas próximas (muitas) décadas.


É uma geração que nasce num momento em que muitos países que sofrem o desequilíbrio artificial de gêneros melhoraram seu nível de vida de modo notável. Os analistas de ciências sociais sempre assumiram que as perspectivas das mulheres melhorariam quando os países enriquecessem, mas aconteceu o contrário.


Elementos ideológicos


Esta suposição cegou os demógrafos diante do que estava ocorrendo, observa Hvistendahl. Apesar do surgimento de máquinas de ultrassom baratas para as ecografias, muitos assumiram que o aborto seletivo logo desapareceria. Mesmo hoje, as previsões de população das Nações Unidas assumem que os casais terão em breve um número igual de meninos e de meninas.


Um dos temas principais do livro de Hvistendahl é a tentativa de achar as causas do desequilíbrio. Ao contrário de outros, que destacam a tradicional preferência cultural pelos meninos como o principal fator, ela aponta fatores adicionais, como a pressão para controlar a população.


As pessoas de quase todas as culturas têm preferência por filhos meninos, e, mesmo assim, a seleção sexual não acontece em todas as culturas.


Existe, também, uma forte correlação entre os países que mudaram recentemente a tendência de alta para baixa fertilidade e um significativo número de meninas não nascidas.


Nas últimas décadas, o movimento de controle populacional transformou as pessoas em números, e os pais foram incentivados, nos países em desenvolvimento, a ter famílias pequenas. A ideia de controlar a reprodução levou à mentalidade de que os meninos são uma espécie de produto manufaturado, explica a autora.


A partir dos anos sessenta, as elites empresariais e culturais dos Estados Unidos começaram a pressionar a favor do controle populacional, que elas consideravam necessário para garantir o sucesso econômico nos países em desenvolvimento. As ajudas econômicas ocidentais costumavam vir atreladas a medidas de controle populacional.


Não foi a primeira vez que o Ocidente aplicou tais pressões. Na Índia, os britânicos documentaram a prática do infanticídio feminino, atribuindo-o a tradicionais culturas primitivas. Os estudos posteriores, explica Hvistendahl, analisaram as políticas de controle da terra e de arrecadação de impostos da Companhia das Índias Orientais no século XIX e concluíram que elas aumentaram a pressão para assassinar as meninas.


É fato que em algumas castas as meninas eram assassinadas antes da chegada dos britânicos, mas, à medida que os colonialistas introduziam suas reformas, aquele tipo de infanticídio estendeu-se para outros grupos.


Já no século XX, em 1967, a Disney produziu um filme para o Conselho de População chamado Family Planning. Traduzido em 24 idiomas, apresentava o Pato Donald como o pai responsável de uma pequena e rica família. Sem planejamento familiar, dizia-se aos espectadores, “as crianças ficarão doentes e tristes, com poucas esperanças de futuro”.


Filho homem: um dever


A suposição de que a seleção sexual se deve acima de tudo à cultura tradicional se contradiz, também, ao se descobrir que esta seleção sexual começa na sociedade urbana e com boa educação.


O censo de 2001 na Índia mostrou que as mulheres com estudos superiores tinham 114 meninos para cada 100 meninas. Entre as mulheres analfabetas, a proporção era de pouco mais de 108 por 100.


Outro exemplo é a situação da província chinesa de Suining, entre Shangai e Pequim. A partir dos anos noventa, a província viveu um forte crescimento econômico, que permitiu que os pais subornassem os técnicos das ecografias que determinam o sexo. Quando Hvistendahl visitou a região, a “tarifa” do suborno pela informação do gênero do bebê era de 150 dólares. Em 2007, as estatísticas do governo indicavam em Suining o nascimento de 152 meninos para cada 100 meninas.


Ocorre o mesmo na Albânia. De 2004 a 2009, a economia cresceu em média 6% ao ano. A fertilidade caiu de 3,2 filhos por mulher em 1990 para 1,5 em 2010. As Nações Unidas identificam no país a proporção de 115 meninos para cada 100 meninas.


Análise


O livro também analisa a acusação de que são os homens que vêem suas filhas como inferiores e obrigam suas esposas a abortar, se se trata de uma menina. Isso ocorre em alguns casos, mas Hvistendahl afirma que a decisão de abortar costuma ser tomada pela mulher, seja a esposa ou a sogra.


Citam-se pesquisas que demonstram que as mulheres costumam submeter-se a abortos seletivos por razão de sexo para cumprir seu “dever” de ter um filho homem e, neste sentido, isso é descrito como algo que é sua responsabilidade.


Fertilidade


Esta preferência pelos meninos é uma atitude que se mantém inclusive nas populações asiáticas dos países ocidentais. Nos EUA, um estudo de descendentes de casais chineses, coreanos e indianos revelou que para o primeiro filho há uma proporção de sexos normal. Mas para os casais que já têm uma filha, a proporção de sexos era de  117/100 e, se houvesse tido duas filhas, a probabilidade de que o terceiro descendente fosse menino subia para 151/100.


Não se sabe muito bem – assinala Hvistendahl – por que isso ocorre entre casais que vivem nos EUA em circunstâncias muito diferentes das de seu país de origem. Uma pista, talvez, é que a taxa de fertilidade entre os norte-americanos de origem asiática esteja entre as mais baixas das minorias, em 1,9 filho por mulher.


Hvistendahl considera também as consequências para o futuro desse desequilíbrio na proporção de sexos. Evidentemente, haverá dezenas de milhões de homens que não conseguirão encontrar esposa. Dado que a primeira geração de atingidos por este desequilíbrio já cresceu, houve um aumento do tráfico sexual, da compra de noivas e dos casamentos à força.


Na Coreia do Sul e em Taiwan, os homens fazem “viagens matrimoniais” ao Vietnã para conseguir uma esposa. Os homens das regiões mais ricas da China e Índia compram as mulheres das regiões mais pobres.


Por outro lado, o excesso de homens solteiros poderia dar como resultado sociedades mais instáveis e violentas.


O aborto por seleção de sexo não é tão comum nos países ocidentais, mas algumas clínicas de fertilidade oferecem a possibilidade de selecionar o sexo antes da implantação, como parte do tratamento de fecundação in vitro. Muitos países proíbem isso – 36, segundo a informação citada no livro –, mas nos EUA não há tais restrições.


Dado que a fecundação in vitro também tem se estendido aos países em desenvolvimento, estas nações também estão recorrendo a ela para selecionar o sexo. “Na China e na Califórnia por igual, as mães se converteram nas defensoras da eugenia”, diz Hvistendahl. Uma tragédia que terá graves consequências nas próximas décadas.

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ZP11071704
17-07-2011
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